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Space Hulk: Deathwing

Space Hulk: Deathwing

Terão de jogar em equipa, ou vão sofrer consequências sangrentas.

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Este jogo de Space Hulk é baseado no universo de Warhammer 40,000, um universo conhecido por soldados enormes equipados com armaduras massivas que enfrentam os Genestealers. Existem vários jogos inspirado neste período, mas ao contrário de Space Hulk: Ascension de 2014, que era um jogo de estratégia, Deathwing é um jogo de ação na primeira pessoa. Isso não significa que táticas e estratégia já não sejam necessários para vencer neste jogo.

O problema é que, enquanto as armaduras são massivas, as armas também o são, e vão sofrer muito dano apesar da vossa aparência imponente. O jogo consegue passar uma boa sensação de poder, mas sem nunca tornar o jogador excessivamente poderoso. Podem causar grande destruição com o arsenal que têm à vossa disposição, mas também vão sofrer dano considerável dos inimigos. Numa luta de um para um, são poucos os oponentes que vos podem fazer frente, mas raramente estarão numa situação tão vantajosa. Em Space Hulk: Deathwing terão de contar com a ajuda do vosso esquadrão, independentemente de estarem a ser comandados pela inteligência artificial ou por outros jogadores.

Se são fãs do filme Aliens: O Reencontro Final, vão encontrar algumas referências e semelhanças em Space Hulk: Deathwing. Este é um jogo sobre um grupo de soldados que encontrar algo desconhecido (um Space Hulk neste caso), e que depois de investigarem, são atacados por monstros terríveis. O facto de estarem a explorar corredores sombrios de naves espaciais, enquanto o radar brilha com pontos vermelhos quanto estão inimigos por perto, é outra semelhança ao filme produzido por James Cameron.

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Embora seja um jogo de esquadrões, Deathwing foi desenhado para funcionar bem como um jogo a solo. Podem aceder a comandos rápidos para pedirem ações de Nahum ou Barachiel, os dois camaradas que vos acompanham, embora provavelmente a ação que mais vão pedir seja a opção de cura. A dose de possibilidades disponível é vasta o suficiente para oferecer uma boa gama de variedade tática. Por exemplo, podem entrar numa sala, pedir a um dos companheiro que sele a porta por onde entraram, e pedir ao outro que vigie um corredor, para que possam ir até ao objetivo. Infelizmente, este tipo de jogos costumam ter problemas com a inteligência artificial, e Deathwing não está completamente isento dessas falhas. Aconteceu a uma personagem ficar presa atrás de uma porta, por exemplo, entre outros momentos ligeiramente frustrantes, mas no geral tudo funcionou bem.

Como já referimos, terão acesso a um arsenal de meter respeito, que vai crescendo e melhorando ao longo do jogo, não só para a vossa personagem, mas também para os parceiros. Até podem criar várias configurações de armas diferentes, para tornarem cada elemento do grupo especialista numa área específica. Existem várias possibilidades que podem experimentar para abordarem o jogo. Além das armas terão também ao vosso dispor poderes psíquicos, alguns capazes de causar grande caos e dano aos inimigos. Existem três árvores de habilidades e atributos para evoluírem, mas não terão muitos pontos para o fazer, por isso terão de ponderar bem onde vão gastar esses pontos. Uma das escolhas que terão de fazer é entre tornar a personagem mais poderosa individualmente, ou ajustá-la para funcionar melhor com o grupo.

Outro ponto a favor de Space Hulk: Deathwing é o facto de ser um jogo com um grafismo de qualidade. Além de ser bastante detalhado, o departamento de iluminação está de parabéns, com luzes que piscam e outros truques que ajudam a criar uma atmosfera opressiva e sombria. Vão percorrer um ambiente muito hostil, e o grafismo faz um excelente trabalho de vos lembrar disso mesmo.

Completámos a campanha perto das 12 horas de jogo, e fizemos-lo sem explorarmos a fundo a campanha. Existem nove capítulos de estória para completar, mas pelo meio podem procurar relíquias espalhadas pelos níveis. É algo que irá apelar em particular aos fãs de Warhammer 40,000, já que existe uma boa dose de contexto suplementar atribuído a estas relíquias.

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Depois existe naturalmente o modo cooperativo, que permite ultrapassar a campanha acompanhado por outros jogadores. Chegámos a experimentar este modo com jogadores aleatórios via emparelhamento, mas calculamos que será mais divertido se jogado com amigos. Também vale a pena considerar que o sistema de evolução é ligeiramente diferente no modo cooperativo, não só porque vão desbloquear armas a um ritmo diferente, mas também porque terão menos controlos sobre os companheiros.

Embora o modo cooperativo seja um dos pontos altos de Space Hulk: Deathwing, é também onde o jogo mostra maiores problemas técnicos. Jogámos pouco depois do lançamento, logo é possível que algumas destas questões tenham sido resolvidas com atualizações, mas encontrámos dificuldades para nos ligarmos a outros jogadores, e existem vários bugs e problemas de fluidez. O jogo também parou e teve de ser reiniciado duas vezes. São problemas chatos, que esperamos que a Streum on Studio tenha resolvido com atualizações, e que não os repita para a versão de consolas (lançada mais tarde que a versão PC). De resto, temos apenas queixas menores a relatar, como o movimento lento das personagens, e a necessidade de re-atribuir os poderes psíquicos a cada nível.

Apesar das falhas, Space Hulk: Deathwing tem qualidade suficiente para entreter fãs do género de ação na primeira pessoa, sobretudo se apreciarem ambientes opressivos no espaço. Claro que os fãs de Warhammer 40,000 serão os que vão retirar mais desta experiência, mas conhecer esse universo não é de todo um requisito para desfrutarem de Space Hulk: Deathwing.

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
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Bom grafismo. Ação intensa e sangrenta. Design das armas e das armaduras é poderoso. Modo cooperativo divertido. Muito para colecionar.
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Problemas com os servidores. Movimento algo preso. Algum comportamento menos eficaz da inteligência artificial.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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