Português
Gamereactor
antevisões
Halo 5: Guardians

Halo 5: Guardians

Depois de jogarmos o início da campanha, voltámos a ter total confiança na série.

HQ

A série Halo continua a ser respeitada e tem muito mérito, mas não será exagero referir que já viu melhores dias. Não nos interpretem mal, gostámos de Halo 4, mas os jogadores acabaram por rapidamente deixar passar o fervor em troca de outras experiência online. Depois veio Halo: The Master Chief Collection, agastado com um lançamento cheio de problemas. Não deixou boa impressão aos fãs da saga. Por último chegou Halo: Nightfall, a desapontante série de televisão.

Foram vários golpes seguidos em Halo, que começaram ainda quando a Bungie estava à frente da produção, mas cabe agora à 343 Industries mostrar que ainda há tempo para tornar Halo relevante de novo. Mais importante ainda, a Microsoft necessita de algo que capte a atenção dos jogadores, um Ás de Trunfo capaz de aproximar a Xbox One da PlayStation 4. Master Chief já desempenhou o papel de salvador no passado, e pode voltar a fazê-lo em breve. O Gamereactor viajou até Londres para experimentar a campanha de Halo 5: Guardians, e ficámos impressionámos com o que vimos.

HQ

Já tínhamos participado em eventos dedicados ao modo online, que parece estar de regresso a uma boa forma, sobretudo porque a 343 Industries decidiu abandonar algumas decisões de design que tinha feito no passado. Se querem saber mais sobre o modo online, podem ler
este artigo. Durante o evento mais recente, o foco acabou por ser a campanha de história, cuja base já devem conhecer mas que recordaremos em baixo.

Publicidade:

A narrativa concentra-se novamente em Master Chief, que desta vez será acompanhado pela Blue Team. O seu objetivo, contudo, é ainda desconhecido. Os jogadores vão também presenciar a história através de outra perspetiva, a do Spartan Locke, que comanda a equipa Osiris. Aparentemente a equipa de Master Chief foi considerada um perigo, e cabe ao esquadrão Osiris encontrar e deter a Blue Team.

Em termos práticos, isto significa que a todos os momentos existe o contexto para que quatro amigos se juntem e partilhem a campanha em modo cooperativo. Mesmo que joguem sozinhos, serão acompanhados pelo restante esquadrão comandado pela inteligência artificial. Se for esse o caso, podem dar ordens às outras personagens com o D-Pad. O sistema pareceu-nos intuitivo e eficaz, mas não se compara obviamente ao entusiasmo que é partilhar a experiência com outros jogadores. Convém no entanto elevar a dificuldade, sobretudo se forem todos veteranos de Halo, ou vão passar a campanha a passear. Basta ver que jogámos na mesma dificuldade que os jornalistas que jogaram a campanha sozinhos, e acabámos as missões bem mais depressa.

Na segunda missão de Halo 5 jogámos com Locke e o seu grupo de Spartans. Recordou-nos uma versão mais calma da aterragem no Silent Cartographer de Halo: Combat Evolved, combinado com Metropolis, a quinta missão de Halo onde tinham de subir a bordo de um Scarab para o explodir. Neste caso, Locke e o resto do grupo saltam da sua nave, antes de enfrentarem o Kraken, uma besta metálica que se parece com uma aranha gigante, e que é demasiado grande para ser derrubado numa batalha convencional. É preciso subir a bordo, eliminar as ameaças, preparar explosivos, e fugir antes que a explosão nos apanhe.

A primeira missão, com Master Chief, foi mais linear e tradicional. Boa, sem dúvida, mas foi neste segundo nível ao comando da equipa Osiris que começamos a sentir que Halo podia mesmo estar de volta. O nível teve um equilíbrio fantástico de ritmo, com batalhas intensas, mas também momentos de alguma calma, boa exploração, mistério e até veículos. Foi uma área bem iluminada e bastante detalhada, embora o grafismo tenha sido ligeiramente sacrificado para que a campanha corra sempre a 60 frames por segundo. Uma decisão acertada, na nossa opinião, porque mesmo com quatro jogadores e muitas explosões, a fluidez do jogo não pareceu afetada.

Publicidade:

Halo 5 corre a 60 frames por segundo, e foi desenhado de raiz para funcionar assim, o que aplica toda uma nova dinâmica na série. Matámos dezenas de tropas Covenant, abatemos um perigoso Wraith, interpretámos sinais crípticos dos Forerunner, e chegámos ao o imponente Kraken. Depois saltámos para um Phaeton (uma nave inédita dos Promethean, que parece um misto da Banshee com o Falcon), embarcámos numa sessão de tiroteio com naves, invadimos o núcleo da enorme besta e derrubámos-la. Tudo num só nível.

HQ

Já não sentíamos este grau de satisfação e entusiasmo em relação a Halo desde alguns momentos de Reach. Este foi um nível clássico de Halo, mas na sua melhor forma de sempre, algo que não nos lembramos de ter experienciado com Halo 4. Nada mau para a segunda missão de um jogo que ainda está em fase de produção.

A 343 Industries melhorou claramente a jogabilidade e encontrou finalmente o equilíbrio certo entre a ação e os momentos de pausa que permitem à história crescer. O facto de ser uma narrativa aparentemente mais sombria também ajuda. Depois de Halo 4 e The Master Chief Collection, estávamos preocupados com o que iríamos encontrar em Halo 5: Guardians, mas este dois níveis já deixaram excelente indicações. O mesmo pode ser dito do multijogador, que nos parece ser o mais divertido de Halo em vários anos. Se tudo correr como está a ser prometido, este será o ponto de viragem que a série precisa.

HQ
Halo 5: GuardiansHalo 5: GuardiansHalo 5: Guardians
Halo 5: GuardiansHalo 5: GuardiansHalo 5: Guardians
Halo 5: GuardiansHalo 5: Guardians

Textos relacionados

0
Halo 5: GuardiansScore

Halo 5: Guardians

ANÁLISE. Escrito por Mike Holmes

John 117 continua a sua luta épica, desta vez acompanhado com alguns amigos de peso.



A carregar o conteúdo seguinte