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Battlefield 1

Battlefield 1

Recuo até ao primeiro grande palco da guerra moderna.

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A génese da guerra moderna vai ser ressuscitada pela DICE, na forma de uma recriação brutal, dinâmica, destrutiva e imersiva da Primeira Guerra Mundial. Este é o conceito de Battlefield 1.

Desde o lançamento em 2002, com Battlefield 1942, que a série tenta distinguir-se como a derradeira experiência de guerra, cobrindo conflitos em terra, mar, e ar. Esse conceito universal a Battlefield vai regressar a 21 de outubro como nunca o vimos, viajando no sentido oposto ao que todos esperavam - para trás. Em termos práticos, isso implica um acesso a armas brutais de confronto físico, picardias aéreas, tanques pesados, e até batalhas em cima de cavalos, tudo espalhado através de localizações espalhadas pelo mundo.

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Durante uma apresentação em Londres tivemos a possibilidade de ver o trailer, como todos vós, mas também o jogo em ação, e o primeiro impacto foi imediatamente causado pela destruição de uma maravilhosa paisagem. Crateras, pedaços de aviões, tanques destruídos... é uma impressionante presença física de guerra. O Produtor Sénior, Aleks Grøndal, prefere descrever esse cenário da seguinte forma: "É o maravilhoso caos da guerra total. Este é o mundo mais credível que já construímos."

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A Primeira Guerra Mundial foi um período de transição para a tecnologia, o que provocou uma combinação bizarra de elementos num só teatro de guerra. A DICE mostrou-nos imagens de arte do jogo onde cavaleiros são arremessados dos seus cavalos pelos voos rasantes de aviões, ou de soldados nas trincheiras prestes a serem esmagados por um tanque que provavelmente nem sabiam que estavam ali pessoas. Nos campos abertos, os soldados correm selvaticamente uns para os outros, entre tiros, com baionetas empunhadas. É um sentimento de vulnerabilidade e caos a que já não estamos habituados em Battlefield, normalmente um cenário de guerra mais calculado.

É uma representação muito diferente da guerra avançada que vimos nos anos recentes com drones, coletes à prova de bala e grande coordenação. Neste período que Battlefield 1 representa, uma metralhadora era suficiente para desfazer inimigos, porque ninguém tinha proteções de qualidade. Observar soldados a serem queimados vivos é tão arrepiante como é entusiasmante cavalgar pelo cenário de guerra com espada na mão. Ser um herói neste tipo de situações não é só um caso de coragem, mas também de sorte.

A campanha de Battlefield 1 vai representar a história de várias personagens, e estende-se através de localizações mundiais, desde os Alpes italianos aos desertos árabes, passando por florestas francesas. É uma era descrita por contraste e heroísmo, onde a intensidade das batalhas é acentuada pela artilharia pesada, e zonas inteiras são transformadas por bombardeamentos. O jogo terá um grande sistema de destruição, que aparentemente até chegou a ser excessivo. A DICE revelou que os primeiros testes revelaram momentos em que já não existiam locais para os jogadores se esconderem, e tiveram de reduzir o nível de destruição do jogo.

Tanto na campanha, como no modo online, os jogadores vão encontrar um foco maior em confrontos físicos, e parte da estratégia irá passar por encurtar a distância para o alvo. Existem vários tipos de armas com capacidade de ataque físico, todas com vantagens e desvantagens. É um sistema de pedra, papel, e tesoura, que se esconde em quase todas as mecânicas de Battlefield 1. Não existem combinações certas ou erradas, apenas estilos de jogo diferentes. Isto num confronto íntimo, porque os combates de grande escala vão permitir o controlo de tanques ligeiros e pesados, aviões leves ou bombardeiros, cavalos, e até navios, tudo controlável pelo jogador.

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A DICE criou novas classes para controlarem o campo de batalha, e em adição a velhos conhecidos como Assaut e Scout, vão poder escolher entre Pilots e Tank Officers, papéis designados para veículos com recompensas e objetivos específicos. Com 64 jogadores num campo de batalha, a equipa que conseguir organizar-se melhor entre todo o caos vai sair vitoriosa, mesmo que o jogador mais solitário consiga sentir que está a cumprir a sua função. Uma função para equipas que a DICE vai introduzir é Persistent Squad, um modo onde um grupo de cinco jogadores vai abordar várias situações, tentando cumprir objetivos conforme salta de experiência em experiência.

As ferramentas ao dispor do jogador serão rudes em comparação com o que encontrámos em Battlefield 4, por exemplo, mas pelo menos vai existir um sistema de personalização de armas que será detalhado nos próximos meses. Sempre com a mentalidade pedra, papel, tesoura, a DICE mostrou-nos o exemplo de gás venenoso que pode eliminar vários inimigos ao mesmo tempo. Mas basta alguns equiparem máscaras de gás para anularem por completo essa poderosa arma. Mais do que nunca, a DICE pretende preencher todos os espaços no campo de batalha, todas as possibilidades, e todas as medidas, mas sempre com equilíbrio e sentido.

A DICE promete que Battlefield 1 será um jogo massivo, e que tudo o que revelaram durante a apresentação oficial é apenas a superfície. Durante a E3 serão reveladas mais novidades sobre o jogo, que mais tarde terá processos beta para os jogadores experimentarem o modo online. E já foi confirmado que os assinantes do EA/Origin Access terão acesso antecipado em relação a todos os outros. É uma mudança de direção curiosa, a de recuar Battlefield mais no tempo do que alguma vez o fez, quando o concorrente CoD olha para cada vez mais para o futuro. Qual será a abordagem escolhida pelos jogadores? Só o tempo o dirá.

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