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Dishonored 2

Dishonored 2

Corvo e Emily juntos novamente.

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Dishonored 2 foi uma das surpresas que a Bethesda reservou para a sua conferência de imprensa da E3 2015, revelando que Corvo vai regressar como protagonista, e que agora será acompanhado por Emily, treinada para enfrentar a tirania dos aristocratas. Quase um ano mais tarde, tivemos oportunidade de ver o jogo nos escritórios da Arkane Studios, onde conhecemos Harvey Smith.

Smith é o diretor criativo de Dishonored 2, como já o tinha sido no jogo original, e inclui uma lista de títulos impressionantes no seu currículo, como System Shock e Deus Ex. Segundo Smith, a parte criativa da produtora começou de imediato a trabalhar em ideias e conceitos para Disnohored 2 logo após o lançamento do original, enquanto que a equipa de produção se concentrou nos DLC consequentes. Embora esteja a ser desenvolvido há mais de três anos, Dishonored 2 ainda terá algum tempo de produção pela frente, já que a própria Arkane Studios admitiu que está a ser um processo desafiante. Mas, mesmo num estado inacabado, Dishonored 2 impressionou-nos, e lembrou-nos porque o estilo da série é um dos mais peculiares da indústria.

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Se Harvey é a mente de Dishonored 2, o diretor de arte Sebastien Mitton é sem dúvida o coração, com uma visão artística ímpar. Mitton vive em Lyon, França, e aponta para a cidade como uma das principais referências e inspirações para criar o mundo de Dishonored. Para a sequela quis alargar horizontes, e viajou um pouco por todo o globo à procura de inspiração. Segundo o próprio, encontrou referências para a arquitectura em Inglaterra, vestuário e estilo no México, e iluminação na Califórnia.

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O trabalho do departamento de arte de Dishonored 2 é algo realmente especial. Chegaram ao ponto de criarem todas as personagens relevantes em barro, para conseguirem observar todos os pormenores e compararem detalhes entre si. Como Dishonored 2 está a ser construído para a nova geração de consolas e PC, a Arkane Studios também criou um novo motor de jogo, Void Engine, que nesta primeira amostra parece perfeito para o estilo que querem seguir com Dishonored.

Dishonored 2 arranca 15 anos depois dos eventos do primeiro jogo. A primeira missão será jogada com Emily, que agora é uma rapariga muito diferente da criança que conhecemos no primeiro Dishonored. A jovem brincalhona foi treinada e é agora uma assassina implacável. Depois dessa missão de introdução, o jogador terá de escolher com que personagem quer continuar o jogo, se com Emily ou se com Corvo. As duas personagens têm o seu próprio conjunto de habilidades. As de Corvo seguem a mesma linha do que conhecemos durante o primeiro jogo, mas as de Emily são bastante diferentes. A rapariga pode agarrar objetos e inimigos à distância e até atirá-los pelo ar. Também pode encantar inimigos e obrigá-los a partilhar o mesmo destino (matam um, matam o outro). Embora o conjunto de habilidades de ambos seja diferentes, nenhuma personagem ficará ligada a um estilo de jogo. Ambos serão igualmente fortes em combate direto ou açao furtiva. Essa decisão fica a cargo do estilo de jogo do jogador, não da personagem que vai escolher.

Existem algumas missões em Dunwall, a cidade do primeiro jogo, mas o grosso da aventura vai passar-se na nova cidade de Carnaga. As ruas deprimentes e mal iluminadas de Dunwall vão dar lugar a um estilo mais vivo e colorido. Os edifícios em Carnaga também são maiores e oferecem mais hipóteses de jogabilidade vertical. Quanto aos ratos e à praga que trouxeram consigo no primeiro jogo, já desapareceram nesta sequela. Isso não significa que não existam outros animais irritantes, agora na forma de mosquitos sedentos de sangue. Alguns por si não representam grande perigo, mas em número suficiente podem matar o jogador. À semelhança do ratos no jogo anterior, os mosquitos serão uma das consequências do jogador que prefira matar repetidamente, já que os mosquitos deixam ovos nos cadáveres.

A cidade de Dunwall vivia imenso à base de óleo de baleia, algo que continua a aparecer em Cargana, mas não com a mesma importância. Madeira e prata são as principais indústrias da nova cidade, e isso é evidente pelas decorações ao longo das ruas. Também existem tempestades de areia, que o jogador pode aproveitar para agir durante a confusão e a visibilidade reduzida.

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Infelizmente não tivemos a oportunidade de experimentar Dishonored 2, mas vimos o jogo em acção durante largos minutos. Numas das missões que vimos, Emily tinha como objetivo eliminar um oficial num alto cargo, que não só era corrupto, como estava a incomodar um gangue local. Ao levar o corpo do oficial até ao líder desse gangue, Emily cai nas suas boas graças e conquistou alguns favores, inclusive andar pelas ruas sem ser perturbada pelo gangue. Vimos outra missão, esta jogada com Corvo, e aqui a Arkane Studios mostrou-nos o lado mais caótico do jogo. Entre inimigos e um ninho dos mosquitos, a situação complicou-se de tal forma que Corvo teve de assumir o controlo de um dos mosquitos e fugir. Foram dois estilos de jogo completamente distintos, mas ambos perfeitamente identificáveis com Dishonored.

Estamos genuinamente convencidos que Dishonored 2 pode ser uma excelente sequela para o grande jogo que foi Dishonored, e uma gema em particular para quem aprecia ação furtiva e ambientes diferentes do habitual. A Arkane Studios também nos confidenciou que, apesar de algumas pressões para que incluísse modo cooperativo (pelo facto de existirem duas personagens jogáveis), Dishonored vai continuar a ser um jogo para um único jogador, e um jogo centrado em missões e história. Por tudo o que vimos e ouvimos, os jogadores de PC, PS4 e Xbox One podem ter em mãos um jogo muito interessante a 11 de novembro.

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