Gravity Rush 2

Gravity Rush é um dos títulos mais conceituados da PlayStation Vita, sobretudo ao nível de exclusivos, pelo que não é de todo surpreendente que a Sony deseje revisitar a série. Não esperávamos contudo que Gravity Rush estivesse a deixar a Vita para trás, passando diretamente para a PlayStation 4. A consola principal da Sony vai receber uma versão remasterizada do original de PS Vita, além de uma sequela que esteve em exibição no recente Paris Games Week. Quem assistiu à conferência da Sony ficou a conhecer Raven, uma companheira controlada pela inteligência artificial, uma das novas cidades e dois estilos de combates (Jupiter e Lunar). Foi isso e algo mais que voltámos a ver numa demonstração à porta fechada do jogo.

Keiichiro Toyama, criador de Gravity Rush, esteve presente durante a apresentação, e não se cansou de repetir a palavra "imersão". A produtora acredita que conseguiu criar uma base muito sólida com o original de PS Vita, e agora pretende expandir a série com esta sequela, realçando ainda mais a protagonista Kat e os cenários do jogo. Os jogadores terão a possibilidade de visitar várias localizações em Gravity Rush 2, mas desta vez só tivemos a oportunidade de conhecer a grande cidade. A ação arrancou numa pequena praça, cheia de vida e cor, enquanto a multidão procurava fazer compras e regatear com os comerciantes, no que pareceu ser uma interação muito natural entre personagens da IA. Um contraste absoluto com algumas das áreas vazias e desinspiradas do primeiro Gravity Rush.

Kat terá acesso a novas ações nesta sequela, que foram desenhadas para que se sinta mais como uma parte do mundo que está a proteger. Podem conversar com os habitantes, cumprimentá-los e fazer sinais, e os cidadãos parecem reagir às suas ações de forma dinâmica. Kat também consegue tirar Selfies (o que provocou uma reação menos positiva por parte da plateia que estava a assistir à demonstração).

São momentos de descontracção, que não duram para sempre. Os Neevi estão de regresso à sequela e de imediato causam o pânico no mercado da pequena praça. Kat salta prontamente para o ar, planeia durante alguns segundos, e depois atira-se furiosamente contra o solo. Tudo treme ao seu redor, e as bancadas coloridas do mercado rapidamente se tornam em entulho. O cenário está agora preenchido com objetos destrutíveis, e quando Kat executa as suas fantásticas habilidades acrobáticas, é bem possível que acabe por acertar em algo. O espetáculo visual que se segue é delicioso, e Gravity Rush 2 consegue destacar-se, não só ao nível da direção artística, mas também tecnicamente. Mesmo numa fase embrionária de produção, Gravity Rush 2 já exibe tremenda qualidade gráfica.

A batalha contra os invasores de Neevi deram a Toyama a desculpa perfeita para mostrar dois dos novos estilos de combate. Kat tem acesso ao estilo clássico de controlo sobre a gravidade que vimos em Gravity Rush, mas agora (utilizando o painel tátil) pode alternar entre outros dois estilos de combate. Lunar torna Kat ainda mais leve, aumentado a sua velocidade e mobilidade. Jupiter aumenta o seu peso, mas embora fique mais lenta, consegue causar mais dano. Isso significa que Kat terá acesso a três estilos de combate, mas ainda não os vimos tempo suficiente para perceber se são adições importantes para a jogabilidade.

A demonstração terminou com duas grandes revelações. Primeiro, parece que os Neevi não serão os únicos inimigos que vamos enfrentar em Gravity Rush 2. A praça eventualmente ficou preenchida com soldados humanos, equipados com robôs gigantes, que tentaram atacar Kat à distância. Estamos curiosos para ver que possibilidades estes inimigos vão trazer ao jogo.

Ainda mais interessante, foi a introdução de uma companheira para Kat chamada Raven, que será controlada pela inteligência artificial. E sim, perguntámos se outro jogador poderia assumir o controlo de Raven, mas a resposta foi negativa. A introdução desta segunda personagem permitirá ao jogador executar ataques combinados, capazes de infligir grandes quantidades de dano se forem executados no timing certo. Embora não inclua um modo cooperativo, Gravity Rush 2 terá pelo menos um modo multijogador assíncrono, mas detalhes sobre esta função ficaram guardados para outra ocasião.

Para terminar a apresentação, Toyama referiu que Gravity Rush 2 está a ser construído para durar entre 20 a 40 horas de jogos. O mapa total de jogo será 2.5 vezes maior que o original e os jogadores poderão desfrutar do triplo da missões. Abandonámos a apresentação com a convicção de que Gravity Rush 2 pode ser algo especial. O original apresentou mecânicas originais que esta sequela parece querer melhorar e reforçar, e a passagem para a PS4 parece ter feito muito bem à série. Esperamos ver mais de Gravity Rush 2 em breve.