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The Legend of Zelda: Breath of the Wild

The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Experimentámos um jogo de sobrevivência em mundo aberto durante a E3, que curiosamente se chamava Zelda.

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A Nintendo cumpriu a promessa, e levantou o véu sobre o novo The Legend of Zelda de Wii U. O jogo chama-se Breath of the Wild, e como se esperava, vai introduzir muitas novidades na série. Este é o primeiro jogo em mundo aberto, pelo menos num plano 3D, da Nintendo. Mais invulgar ainda, é um jogo de sobrevivência, embutido no universo de Zelda. Durante a E3 tivemos a oportunidade de jogar uma hora de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, e adorámos explorar esta versão mais ampla e livre de Hyrule. Claro que esperamos que outros elementos característicos da série marquem presença no jogo final, como a estória, as personagens engraçadas, as batalhas com bosses, e as masmorras de design estupendo, mas foi bom rever Link num dos jogos mais arrojados da Nintendo nos últimos anos.

A demonstração que nos mostraram em Los Angeles estava dividida em duas secções. A primeira era inteiramente focada em jogabilidade, desenhada para o jogador experimentar novas funções e itens enquanto explorava o Great Plateau, a zona central do mapa e a primeira que vão desbloquear no jogo. A segunda metade da demo era mais focada em estória, oferecendo pistas sobre o novo ambiente, as personagens, alguns pontos de interesse, e a era em que se passa o novo Zelda. Mas o principal propósito da demo era mostrar o novo mundo aberto, e isso conseguiu-o com distinção.

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O mundo de Hyrule parece mais vivo que nunca, e convida de imediato à exploração do jogador. Existem muitas distrações, pontos de interesse, e segredos para descobrir. Como em qualquer mundo aberto de qualidade, foram várias as ocasiões em que nos desviámos do objetivo em mãos, aliciados por outras curiosidade. Também reparámos que os controlos da série foram alvo de algumas alterações, modernizados para encaixarem no novo mundo aberto da saga.

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Como é um jogo de sobrevivência, Link terá agora de se preocupar com algumas necessidades básicas. Existem dois novos indicadores no canto inferior direito do ecrã - um termómetro e um medidor de barulho. Se a temperatura de Link subir ou descer muito, vai começar a perder saúde, o que obriga a uma atenção ao termómetro. O segundo medidor foi desenhado para algumas secções onde o jogador pode adotar uma atitude mais furtiva, seja para domar animais (Epona já não é o único meio de transporte), invadir campos inimigos, ou ultrapassar armadilhas à base de som.

Têm de começar a ponderar fatores que não são habituais num Zelda, como o tipo de armadura que usam (será muito quente para usar num ambiente de calor?), condições como o clima (ventos, chuva e tempestades), e ciclos de noite e dia (um minuto real equivale a uma hora no jogo). Também têm de ponderar intervenções de outras personagens ou inimigos, que até podem pegar fogo ao ambiente. The Legend of Zelda tornou-se em definitivo num jogo em mundo aberto, e os melhores jogos do género são os que mostram ocorrências que dinâmicas e orgânicas, não planeadas.

Antes de falarmos em detalh do sistema de combate, convém falar das armas, dos escudos, e do inventário. Agora podem mudar de armas e escudos em tempo real, para melhor se prepararem para a situação em mãos. O jogo não vai adotar uma estrutura óbvia de equipamento superior, mas antes de equipamento mais ou menos adequado a certas situações. Uma faca, um machado, um arco... tudo tem o seu uso dependendo do contexto. Quanto ao combate em si, é muito semelhante ao de Skyward Sword, embora mais fluido em Breath of the Wild. É um bom sistema, mas considerando as evoluções noutros elementos do jogo, esperávamos algo mais elaborado.

A Nintendo deixou bem claro que o novo Zelda não vai usar a estrutura clássica das masmorras. Não tivemos a oportunidade de visitar qualquer masmorra, mas parece que também vai existir maior liberdade neste elemento, não só em termos de design, mas também na ordem em que podem ser abordadas pelo jogador. Os únicos 'edifícios' mostrados até ao momento foram as Shrines, enormes torres que saem do chão quando são desbloqueadas, e que servem para viagens rápidas ao longo do mapa. Existem mais de 100 destas torres no jogo, e várias vão oferecer desafios e puzzles ao jogador.

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Existem muitos itens no jogo, mais do que nos capítulos anteriores. Além dos acessórios tradicionais, desta vez também vão recolher objetos, colecionáveis, e materiais para usarem diariamente. Podem usar uma pedra para criar faíscas e aceder um lume, que tem de ser alimentado e isolado com outras rochas e lenha que vão cortar. Vão precisar de uma panela para cozinhar, e ingredientes para criar várias receitas que vão descobrir. Cada receita confere bónus diferentes e restaura um número diferente de corações de saúde. Também existem vários vendedores no mundo onde podem vender itens que já não necessitam.

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Uma grande novidade deste Zelda (por incrível que pareça), é a habilidade de salto. Sim, Link pode saltar livremente pela primeira vez num jogo da saga! Mais, até pode agarrar a superfícies e começar a trepar. Estas mecânicas e o combate encaixam numa barra de resistência que se esgota com cada ação, mas que pode ser restaurada de várias formas. Como podem ter reparado, existe muito para fazer no mundo de Breath of the Wild, que parece ser gigantesco. Gostámos de um pormenor do mapa, que permite marcar até nove pontos no mapa com cores diferentes. É uma excelente forma de marcar pontos de interesse que possam querer visitar mais tarde. As Shrines, e outros locais importantes, ficam automaticamente marcados no mapa com ícones próprios.

Embora impressionante, esta demonstração inclui menos conteúdo que o jogo base. A Nintendo afirmou que várias personagens e objetivos foram retirados nesta demo, para evitar spoilers e surpresas que a Nintendo não quer partilhar para já. Aliás, a estória parece ser muito misteriosa, com Link a acordar num local estranho "100 anos depois" (não sabemos exatamente depois do quê).

Adorámos esta demonstração de Zelda, mas temos expetativa de que o jogo ainda melhore um pouco antes do lançamento. Algumas ações, como a gestão do inventário, precisam de retoques. O próprio sistema de combate pode ser refinado, mas é provável que isso aconteça durante os meses que ainda faltam de desenvolvimento. Aliás, é provável que The Legend of Zelda: Breath of the Wild só apareça na Wii U em 2017 (e mais tarde na NX). Foi um dos jogos mais promissores da E3, e estamos ansiosos para regressar a esta versão de Hyrule.

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