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Halo 5: Guardians

Halo 5: Guardians

As nossas primeiras impressões daquele que pode ser o próximo grande FPS online.

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Entre a redação internacional do Gamereactor existem muitos fãs de Halo, sobretudo dos respetivos modos online. Halo 2 foi fantástico nesse campo e Halo 3 elevou a fasquia, mas depois veio Halo: Reach e parte do multijogador perdeu qualidade. "O que aconteceu à Battle Rifle? Porque já não existe um sistema de classificação que nos motive? Que efeitos estranhos são estes nas armas?," perguntámo-nos aquando do lançamento de Reach. Não nos interpretem mal, o modo multijogador ainda era bom e jogámo-lo durante horas a fio, mas isso deveu-se mais à experiência social que vem associada a um modo multijogador do que exatamente à sua qualidade.

Recentemente tivemos a oportunidade de jogar a beta multijogador de Halo 5, a mesma que os jogadores que comprarem Halo: The Master Chief Collection poderão experimentar em dezembro. De imediato podemos garantir que Halo 5: Guardians, pelo menos ao que multijogador diz respeito, não será um clássico jogo de Halo. Sim, a essência da série ainda está presente no núcleo da experiencia - todo o conceito gira em confrontos de Spartans em arenas, com modos divididos por objetivos. Mas todas as camadas que vêm em cima dessa base foram revistas, remodeladas ou substituídas. O que isto significa é que Halo 5 não nos lembrou de Halo, mas felizmente, também não nos lembrou de Call of Duty, Battlefield, Titanfall ou Destiny. O melhor elogio que podemos fazer de momento ao multijogador de Halo 5 é que se parece com algo muito próprio, e isso impressionou-nos.

Uma das mudanças mais evidentes está nas ações dos jogadores, que serão idênticas para todos os jogadores, como confirmou Tim Longo numa entrevista no mesmo evento. Assim, qualquer tipo de acessórios ou Perks que possam equipar no vosso Loadout, não irão influenciar as vossas ações. Não podem correr indefinidamente ou recarregar armas instantaneamente, porque agora existe um sistema de equilíbrio idêntico para todos os jogadores.

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Halo 5 funciona na base de um sistema de recompensa e risco, como definiu Tim Longo. O que isto significa é que cada ação que executam no jogo, tem um custo. Por exemplo, agora o escudo já não recarrega enquanto correm, o Ground Pound demora mais tempo a recarregar e o Stabilizer, embora permita maior controlo sobre a mira no ar, também vos deixará mais vulneráveis. Continuam a ter um reportório fantástico de habilidades, mas já não as podem usar com impunidade. Têm de pensar antes de utilizarem cada ação, já que isso pode ter consequências imediatas.

Halo 5 introduz também um novo sistema de classificação. No passado os jogadores iam escalando uma tabela de 1 a 50, que essencialmente definia o tipo de jogadores que encontravam, um sistema desenhado para manter o jogo equilibrado. Halo 5 usa outro sistema, substituindo a tabela de 1 a 50 por divisões. Segundo a 343 Industries, vão existir sete categorias que vão albergar os jogadores, distinguindo-os de acordo com a sua qualidade. É um sistema que pode parecer familiar a jogadores de League of Legends ou Starcraft II, que irá motivar cada jogador a trabalhar numa forma de ir subindo de divisão (ou pelo menos para não descer). Fomos ainda informados que a primeira divisão será exclusiva para os melhores 200 jogadores de todo o mundo, por isso, boa sorte para lá chegarem.

Durante a sessão multijogador tivemos a oportunidade de experimentar três mapas. Este trio foi desenhado de forma assimétrica e está optimizado para partidas de quatro contra quatro, com particular foco nos encontros Deathmatch, ou seja, um festim de balas e explosões.

O primeiro mapa, Breakout, foi criado através do modo Forge (editor) do jogo e apresenta um padrão fechado com algumas áreas que afunilam para confronto apertados. Truth é um remake de um mapa de Halo 2, mas além da adaptação gráfica e de algumas alterações pontuais, está bastante parecido ao original. Quanto a Empire, é um mapa semi-assimétrico, que decorre no topo de um arranha-céus. Este mapa foi o nosso favorito, já que incluiu muitas áreas fechadas, mas com duas espingardas escondidas, para quem souber utilizá-las em combate apertado.

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Não tivemos a oportunidade de ver a campanha, mas esta versão do multijogador já permitiu perceber que Halo 5 será um jogo bastante bonito. Aliás, estará entre os jogos de consolas mais bonitos que já vimos. Halo 4 já tinha apresentado um excelente detalhe gráfico, provavelmente puxando ao máximo pelas capacidades da Xbox 360, e Halo 5 é muito superior nesse aspeto. Se é assim na secção multijogador, mal podemos esperar para ver a campanha.

Outra novidade de Halo 5 é o novo sistema de mira, que vai certamente levantar algumas questões. Halo sempre foi um jogo de ação em corrida, sem mira focada (ao contrário de quase todos os outros FPS, como Call of Duty, Killzone e Battlefield, por exemplo). Isso mudou em Halo 5, que também permitirá apontar a arma com o gatilho esquerdo. Os puristas da série vão certamente torcer o nariz à introdução desta mecânica, e nós próprios tivemos a mesma tendência, mas depois de a experimentarmos ficámos descansados. Não nos parece algo que quebre demasiado o ritmo do jogo, enquanto ao mesmo tempo atualiza a série para padrões mais modernos.

Para compensar a introdução deste sistema, foi reintroduzido outro que estava ausente da série à algum tempo. Se forem atingidos quando estão a apontar a arma, a câmara regressa ao seu formato original. Parece-nos uma boa forma de equilibrar Halo com a nova mecânica, e irá recompensar os jogadores mais habilidosos, já que terão de apontar e disparar rapidamente.

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A 343 Industries também nos garantiu que estão a levar a importância de Halo 5: Guardians nos eSports muito a sério. A equipa até contratou jogadores profissionais de Halo, para que pudessem opiniar sobre algumas mecânicas do jogo e opções de design. Halo já foi a grande referência do online de consolas e parece que quer reconquistar esse estatuto, mesmo entre os círculos profissionais.

Ficámos mais impressionados com o que experimentámos em Londres do que estávamos à espera, e parece-nos que a 343 não está a deixar nada ao acaso. Introduziram algumas mecânicas novas e recuperaram algumas antigas, modernizando a experiência sem a afastar demasiado do que é a essência de Halo. A jogabilidade parece estar na sua melhor forma, as decisões de design agradam-nos, o grafismo impressiona e o sistema de categorias é realmente motivador. Mal podemos esperar para voltar a jogar Halo 5: Guardians já em dezembro, com a versão beta que acompanha Halo: The Master Chief Collection.

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