É a pergunta que mais se ouve pela indústria quando chega o maior evento de videojogos do mundo. Em última análise, são apenas opiniões, todas subjetivas, mas também temos algo a dizer sobre o assunto, por isso, aqui ficam as nossas.
Quem ganhou a E3? Sinceramente, fomos nós, os jogadores. Nenhuma das três grandes conferências apresentou novidades bombásticas, mas todos apresentaram jogos promissores, com grandes títulos de estúdios internos e de outras editoras (a Nintendo com mais do primeiro tipo que do segundo). Não nos parece que tenha existido um derrotado (bom, talvez a EA - a sua conferência foi deprimente), por isso, declaramos que esta E3 foi um empate. Um empate cheio de grandes jogos, que certamente farão as delícias dos jogadores durante os próximos 12 a 16 meses.
A Microsoft arrancou o dia de conferências com uma apresentação fortíssima. Depois do "desastre" do ano passado, decidiram focar toda a conferência deste ano em jogos e apresentaram um portfólio impressionante. Sunset Overdrive parece-nos cada vez melhor (aquela intro foi fantástica) e o anúncio de Crackdown já era há muito esperado pelos fãs. Os adeptos de condução gostaram certamente do que viram de Forza Horizon 2 e até de Forza 5 Motorsport. Mas o melhor anúncio, na nossa opinião, foi a coleção de Halo, a Master Chief Collection. Quatro (excelentes) jogos remasterizados e recheados de conteúdo. Como bónus ainda permite aceder à beta de Halo 5: Guardians. Parece-nos uma proposta irrecusável.
Com a confirmação de que a consola vai chegar em setembro a Portugal, e nas duas opções possíveis - com ou sem Kinect -, a Xbox One começa a ser uma consola cada vez mais apelativa. Resta responder a que tipo de opções vamos ter direito no nosso país, se o Kinect vai suportar a português de Portugal e outras dúvidas que pretendemos responder nas próximas semanas.
A maior desilusão do dia chegou na forma da conferência da Electronic Arts. Os jogos mencionados no evento são fantásticos e se tivessem mostrados jogabilidade real de todos eles, arriscavam-se a "ganhar" a E3, mas em vez disso recebemos pouco mais do que algumas informações. O novo Mass Effect nem sequer teve direito a título... Pelo menos foi possível ver uma boa porção de Battlefield: Hardline e os anúncios da beta foram excelentes. De qualquer forma, a conferência foi, no geral, muito desapontante.
Já a Ubisoft não desiludiu, seguindo o trajeto que tem formado nos últimos anos. A empresa francesa voltou a mostrar grande vivacidade, com títulos impressionantes e de várias formas e feitios. Far Cry 4 parece fantástico. Assassin's Creed: Unity é provavelmente o jogo da feira, sobretudo considerado que o vamos poder jogar já em outubro. The Crew e The Division confirmaram as boas impressões do ano passado e tanto Just Dance 15 como Shape Up pareceram genuinamente divertidos. E depois, o anúncio de Rainbow Six: Siege. Parece ser um regresso bombástico da série associada a Tom Clancy. Tudo somado, mais uma fantástica conferência da Ubisoft.
A noite das conferências encerrou, como é tradição, com a Sony. Das três editoras, a Sony foi a que se "esticou" mais, cometendo um dos pecados capitais que tanto custaram à Microsoft em 2013 - passou largos minutos a falar de TV. Essa secção da conferência foi algo penosa de ultrapassar e o anúncio de Powers foi também despropositado. Pareceu-nos que teve demasiada atenção para algo que ainda não podem mostrar.
Felizmente, a Sony compensou isto tudo com grandes jogos. No Man's Sky voltou a mostrar porque é o novo "querido" dos Indies e o anúncio da remasterização de Grim Fandango foi provavelmente a maior surpresa da noite. Isso ou a masmorra de Diablo III: Ultimate Evil Edition inspirada em The Last of Us. Nenhuma previsão da E3 terá mencionado isso certamente.
De resto, foi fantástico ver alguns exclusivos como The Order: 1886, LittleBigPlanet 3 e Uncharted 4: A Thief's End. Quanto ao portfólio de títulos multi-plataformas, a PS4 tem quase todos os que são relevantes, por isso vamos ter muito que jogar na consola da Sony durante os próximos meses. A PS4 é possivelmente a consola em melhor forma neste momento.
Ainda assim, faltaram alguns jogos importantes, como Agent e The Last Guardian. Começa a ser embaraçoso Sony, mostrem os jogos ou admitam que foram cancelados.
A honra de encerrar as conferências (apesar de não ter sido realmente isso), foi da Nintendo. Um pouco de forma surpreendente, a empresa nipónica conseguiu reunir uma série de títulos promissores, todos exclusivos, e o evento teve sempre um ritmo divertido e bem disposto. The Legend of Zelda parece fenomenal, tal como Super Smash Bros., mas existem muitos motivos para os jogadores de Wii U estarem satisfeitos.
A inclusão de uma versão revista de Bayonetta em Bayonetta 2 é genuinamente a cereja no topo do bolo e o novo jogo de Yoshi parece encantador. A maior surpresa, contudo, foi Splatoon. É um exclusivo de que não estávamos à espera e com uma abordagem interessante ao género do multijogador competitivo, algo de que a Wii U precisa urgentemente. Só falta mesmo um maior apoio das editoras externas. De qualquer forma, excelente evento da Nintendo.
Seja em iOS, Android, consolas, PC... nunca houve melhor altura para ser jogador e isso é algo que devemos celebrar - e não há melhor momento para o fazer do que durante a E3. Estamos genuinamente entusiasmado com muito do que vimos nos últimos dias começamos a ter finalmente uma noção do que a nova geração de consolas pode realmente fazer.
De qualquer forma, isto foi apenas o anúncio da E3. Ainda há muito para ver, jogar e discutir, por isso continuem atentos ao Gamereactor que temos muito para vos trazer nos próximos dias.